Precisamos Questionar!


Muitos dos meus amigos dizem que sou questionador e que às vezes tenho opiniões muito polêmicas sobre determinados assuntos.


Mas acredito que nós, como seres humanos e, especialmente, como cidadãos que somos, detentores de direitos e deveres, células de um grande organismo chamado sociedade, precisamos e devemos questionar.


Questionar tudo! Raciocinar, avaliar, analisar, enfim, pensar!


E não aceitar as coisas só porque a maioria pensa desse jeito ou age de tal forma. Maioria nunca foi sinal de sabedoria ou de inteligência, muito pelo contrário. Como diria Raul: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".


Então fiz o blog nesse sentido e dei o nome de QUESTIONAMENTOS, ou seja, quem quiser entrar, participar, questionar, dar sua opinião, fique à vontade.


Na medida do possível vou estar postando aqui textos e artigos de diversos assuntos: política, religião, relacionamento... e de preferência que leve o leitor à reflexão.


É isso ai galera! Vamos questionar!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

SALVEM... O PLANETA?



Eu não sou um ambientalista ferrenho. Longe disso. Também não sou um sujeito anti-ecológico. Longe disso também. Mas procuro sempre tentar pautar minha vida pelo crivo do BOM SENSO, seja qual for a situação. E o bom senso manda pensar, questionar.


Ao meu modo de ver, a briga ambiental reúne dois adversários totalmente extremistas, ou seja, não há bom senso em nenhum dos lados. De um lado, os defensores da natureza bradam: vamos salvar o planeta! Como se nós representássemos uma ameaça ao planeta e não a nós mesmos. "O homem é o lobo do homem" e não do planeta. Nesse sentido, recomendo o vídeo bem humorado no link: http://sorisomail.com/videos-comicos/35322.html. É stand up breve, engraçado, irônico e, concordando ou não com o comediante, nos leva à reflexão. Vale a pena assistir.


Do outro lado extremo, o capitalismo argumenta: é preciso progredir, produzir mais e mais, e o progresso depende da exploração dos recursos da natureza. Como se não fosse possível, e até economicamente viável, formas sustentáveis de produção e progresso. Como se a única saída fosse devastar tudo. E como se o único conceito de uma vida feliz e satisfatória fosse inevitavelmente regrado pelo consumismo desenfreado. Quer viver bem e feliz? Então deve cercar-se de todas as benesses materiais, de todos os aparatos tecnólogicos que proporcionem conforto, comodidade e bem estar e, claro, não esquecer de trocá-los na mesma hora, e quantas vezes forem necessárias, quando se tornarem obsoletos, ultrapassados.


Como disse no início, não sou ambientalista, muito menos anti-ecológico. Mas procuro usar o bom senso. Como não ficar um tempão no chuveiro deixando a água correr pelo ralo desnecessariamente, não deixar a torneira aberta durante a escovação dos dentes, e até mesmo recolher material reciclável. São medidas ambientalmente corretas? Sim, mas a questão não é só deixar de ferir a natureza. Para mim esbanjar água, por exemplo, é o mesmo que alguém queimar dinheiro, pelo simples prazer de vê-lo queimando. Não faz sentido, não é mesmo? Se não vai usar com um fim útil, qual a lógica em desperdiçar? Puro bom senso.


Quando se trata de desperdício, o apelo moral é relevante também. Enquanto você esbanja e desperdiça, outros no mundo todo carecem (e muito) desses mesmos recursos que você menospreza. Quanto ao exemplo da coleta de materiais recicláveis, entendo que a importância não é só ambiental. Material reciclável é matéria-prima, há geração de emprego e renda por trás dele e algumas famílias se sustentam com isso.


A questão ambiental é importante, sem dúvida. Mas para mim vem em terceiro plano. Prefiro me apegar mais ao lado do bom senso e da moral. Sou espírita, acredito na imortalidade da alma e na verdadeira vida como sendo a espiritual, e não a material. Estamos na Terra apenas para aprender, evoluir e melhorar, especialmente o nosso lado egoísta. Melhorando ou não, estamos aqui de passagem de qualquer forma.


O único modo de reverter o desastre ambiental, ou melhor, o desastre humano, seria uma tomada de consciência global e uniforme, o que certamente não ocorrerá. Pelo menos não no tempo que a urgência da medida demanda. Afinal, o planeta abarca nações, povos e pessoas das mais diversas formas de viver e de pensar, em níveis evolutivos completamente díspares (basta comparar o povo brasileiro com o povo japonês, por exemplo). De um jeito ou de outro, nós, seres humanos, somos todos ainda muito egoístas. E a gente sabe que isso não se muda em alguns poucos anos.


Oh!! e agora?? A raça humana será extinta!? Oh! O que vamos fazer? Oh!.....


Ah francamente.....se for mesmo e daí? Será mais uma espécie no rol das milhares que já foram extintas desde que o mundo é mundo.