Precisamos Questionar!


Muitos dos meus amigos dizem que sou questionador e que às vezes tenho opiniões muito polêmicas sobre determinados assuntos.


Mas acredito que nós, como seres humanos e, especialmente, como cidadãos que somos, detentores de direitos e deveres, células de um grande organismo chamado sociedade, precisamos e devemos questionar.


Questionar tudo! Raciocinar, avaliar, analisar, enfim, pensar!


E não aceitar as coisas só porque a maioria pensa desse jeito ou age de tal forma. Maioria nunca foi sinal de sabedoria ou de inteligência, muito pelo contrário. Como diria Raul: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".


Então fiz o blog nesse sentido e dei o nome de QUESTIONAMENTOS, ou seja, quem quiser entrar, participar, questionar, dar sua opinião, fique à vontade.


Na medida do possível vou estar postando aqui textos e artigos de diversos assuntos: política, religião, relacionamento... e de preferência que leve o leitor à reflexão.


É isso ai galera! Vamos questionar!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

NATAL E FAMÍLIA


Se refletir no Natal é refletir em Jesus,

E se refletir em Jesus é pensar no próximo,

E se o nosso próximo mais próximo é a família

Então Natal é tempo de família!


Pensando nisso posso dizer: sou um homem de muita sorte!

Não só porque tenho uma grande e maravilhosa família

Não só porque sei que essa família me ama

Mas porque eu sou parte e fruto dessa família


Eu sou cada um dos meus familiares

Eu sou fruto do amor concedido, das conversas,

dos carinhos, dos puxões de orelha

Eu sou um pouco de cada um: pai, mãe, irmãos, primos, tios, avós


Mas peço licença para falar rapidamente de três em especial,

meus três anjos da guarda, meus três heróis, meus três amores


José Aparecido Clementino Pereira, é José, mas não qualquer Zé

É o Clementino, o Compadre, o Tio, é o meu Pai

Exemplo de honestidade e de trabalho

e também exemplo de uma humildade ímpar:

Conversa com todos de igual para igual,

com a mesma atenção, com o mesmo cuidado,

seja um porteiro, seja um ricaço, seja quem for


Maria Joana Barreto Pereira,

É a Joaninha, a Comadre, a Tia, a minha Mãe

Minha mãe, grande exemplo de mulher guerreira e batalhadora,

e ainda exemplo de solidariedade, de amor, de espontaneidade

A bondade com que trata os seus é admirada e reconhecida

por todos aqueles que tem esse privilégio


Vinicius Barreto Pereira,

O filho, o primo, o sobrinho querido, o meu irmão

exemplo de companheirismo, sensibilidade, amizade

Juntos somos uma grande dupla,

somos razão e emoção, equilíbrio e coração

Somos amigos de verdade, e a nossa parceria é

inabalável, indestrutível, invencível


Minha família, minha base, minha força

Não importa se estou perto, se eu estou longe

Eu sou um homem de muita sorte!

Tenho uma maravilhosa família

essa família me ama.. e eu também a amo


E por isso só posso agradecer

Obrigado, obrigado, mil vezes obrigado!

terça-feira, 12 de julho de 2011

A POLÊMICA QUESTÃO INDÍGENA


Eu respeito os índios. Assim como respeito os brancos. Assim como respeito os negros. Assim como respeito e procuro respeitar todos. Afinal, somos todos seres humanos não é mesmo? Mas o que me chama atenção na complexa e difícil situação indígena no país, e especialmente no nosso estado, é que não parece haver um projeto de longo prazo, sério e claro que devolva de fato a dignidade e autonomia que os índios perderam com a dominação dos brancos. O foco central das controvérsias é a demarcação de terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas. Ou seja, seus ancestrais teriam sido expulsos de terras hoje ocupadas por ricos fazendeiros. Estas devem ser devolvidas aos descendentes, seus legítimos proprietários. Nada mais justo, não?

Obviamente, o assunto exige um melhor aprofundamento. Mas a grosso modo, vamos lá, demarcam-se as terras como prevê a Constituição e fim de conversa. O que quero entender é: O que vem depois disso? O que se pretende? Os índios serão transformados em agricultores? A situação atual de famílias vivendo de cestas básicas doadas pela FUNAI, sem recursos, sem água potável, sem perspectivas, irá mudar pela pura e simples aquisição de mais terras? Tudo bem, os índios sairão das beiras de estradas, onde muitos já morreram atropelados, e terão um espaço maior para viver. Mas e aí? Há um programa para especializar os índios em agricultura de maneira que eles subsistam dessa atividade econômica?

Ah, isso é papo de branco, muitos dirão! O índio não é assim, ele tem uma relação diferente com a terra. Ele vive em harmonia com a natureza. Não é uma relação econômica. A natureza provê tudo o que ele precisa para viver. Natureza? Que natureza? Infelizmente, não há mais natureza nestas terras pleiteadas pelos indígenas. Não há mais floresta nativa, não é mais possível caçar o alimento com arco e flecha. Hoje o que há nessas terras é somente uma grande área destinada a alguma atividade agropecuária. A natureza, a floresta, os animais, as árvores, tudo se foi. E o pouco que há é preciso preservar, sem dúvida.

O que quero dizer é que não é mais possível voltar ao "status quo" do indígena primitivo. Não se trata de civilizar o índio. A transformação de seus hábitos já se operou. Muitos deles já falam português, usam computadores, vestem calças jeans, camisetas e tênis da nike. Como todos nós. Os índios querem energia elétrica, moradias, escolas, saúde e segurança. Como todos nós. Percebam, o problema não é só indígena. O problema é muito maior. A questão é de dignidade da pessoa humana. Do índio, do branco, de todo mundo.

Claro que o aspecto cultural do indígena deve ser levado em conta. Como de qualquer outro povo. Não discuto isso. E todo povo tem seu valor. Não é porque uma sociedade é mais desenvolvida tecnologicamente que ela é superior. Aliás, em muitos casos se dá o contrário. Mas o fato é que, bem ou mal, as coisas mudaram. Os negros, de maneira semelhante aos índios, também viviam em tribos e ocas quando os tiramos de seu "habitat" para escravizá-los. A tecnologia e o capitalismo estão aí, queira ou não queira.

Antigamente o índio vivia da terra e da natureza. Hoje, infelizmente, ele precisa de dinheiro para sobreviver. Então pergunto novamente: Qual a colocação do índio nesse contexto? Apenas “ser índio”? O simples fato de ser índio provê o sustento dele e de sua família? Superado o problema das terras demarcadas serão eles transformados em agricultores e poderão subsistir e ter autonomia com essa atividade? Ou continuarão dependendo de cestas básicas e morrendo à míngua em assentamentos sem nenhuma infraestrutura? Será que há mesmo um projeto sério para a verdadeira libertação do povo indígena?

Ou será que a coisa é mais ou menos como vemos nas políticas e programas sociais para “homem branco”? Não se estabelecem metas de longo prazo para geração de renda, não se investe em educação e qualificação, as populações carentes permanecem dependentes e o assistencialismo perdura por prazo indeterminado. Resumindo, a boa e velha massa de manobra. Estou enganado?

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Minhas despedidas do MPF/MS


Eu tenho um sonho. Eu tenho uma esperança que brota do fundo da alma e que hoje quero compartilhar com vocês. Eu sonho com um mundo de justiça, de paz e de amor. Um mundo em que o interesse coletivo realmente prevaleça sobre o interesse individual. Um mundo em que criminosos sejam punidos, e não aplaudidos, e onde cidadãos de bem sejam respeitados e admirados, não pelo cargo ou posição social, mas pelo caráter.

Infelizmente, o mundo atual ainda vive uma terrível inversão de valores e, por isso, o mundo que sonho, ainda é um sonho. Mas trabalhar no Ministério Público me fez acreditar ainda mais nesse sonho, nessa esperança. O MP me fez refletir ainda mais sobre essa luta por um mundo melhor a qual todos nós, que nos consideramos pessoas do bem, devemos abraçar, seja como membros, servidores, cidadãos ou seres humanos.

E nessas minhas reflexões, cheguei uma vez a associar a luta que travamos com um conhecido adágio popular: água mole, pedra dura, tanto bate até que fura!

A água mole somos todos nós, cidadãos de bem, que clamamos por justiça. A água mole é o próprio MP, no seu mais puro proceder, na defesa incansável do interesse público. A água ainda é mole, mas não importa - ela bate, e deve continuar batendo, na pedra, ainda dura, da impunidade, da injustiça e da bandidagem. Até que um dia, quem sabe, a água vai se tornando corrosiva... a pedra vai se enfraquecendo... e um novo mundo vai se vislumbrando...

Trabalhar no MP me fez firmar ainda mais esse ideal. O ideal de que a luta pelo bem vale a pena, mesmo que ainda pareça uma briga desigual, mesmo que - na nossa visão acanhada das coisas - ela pareça perdida, infrutífera. Ao contrário do que muitas vezes pensamos, quando se escolhe o lado do bem nunca se perde. Jesus nos ensinou isso quando foi crucificado. Crucificado por amar. Ele venceu sua luta. Ele venceu o mundo.

Quando falo que me formei em direito e me perguntam se estou advogando, eu respondo com muito orgulho: “Que advogando que nada! Trabalho no Ministério Público Federal. O nosso cliente é a Justiça, a Coletividade!” Eu AMO trabalhar no MP! Eu AMO trabalhar com vocês!

A saudade será inevitável. Vocês todos foram por muito tempo meus mestres, meus professores, meus amigos, meu porto seguro. O ambiente de trabalho só é dito por todos como maravilhoso essencialmente por causa das pessoas que aqui trabalham. Eu vejo aqui que todos são pessoas especiais, pessoas do bem, e é essa energia que faz da PR/MS este lugar agradável, de trabalho, de amizades, de sonhos e esperança.

Citando uma música de Lulu Santos, vou dizer o que vejo quando olho para todos vocês do MPF/MS: “Eu vejo a vida Melhor no futuro Eu vejo isso Por cima de um muro De hipocrisia Que insiste Em nos rodear. Eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não.”

Obrigado PR/MS. Muito obrigado mesmo!




VÍDEO: http://www.uhnews.com.br/noticias-ler/servidores-publicos-protestam-por-aumento-salarial/20953/24/GERAL

domingo, 1 de maio de 2011



Falam tanto em deixar um mundo melhor para os nossos filhos...


Mas esquecem de que um mundo melhor para os nossos filhos


depende dos filhos que vamos deixar para esse mundo...



Assistam o vídeo que traz essa e outras reflexões:




Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.

Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu video game foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

* Marcos Meier é psicólogo, professor de Matemática e mestre em Educação. Especialista na teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva de Reuven Feuerstein, em Israel. Também conhecida como teoria da Mediação da Aprendizagem

segunda-feira, 4 de abril de 2011

SALVEM... O PLANETA?



Eu não sou um ambientalista ferrenho. Longe disso. Também não sou um sujeito anti-ecológico. Longe disso também. Mas procuro sempre tentar pautar minha vida pelo crivo do BOM SENSO, seja qual for a situação. E o bom senso manda pensar, questionar.


Ao meu modo de ver, a briga ambiental reúne dois adversários totalmente extremistas, ou seja, não há bom senso em nenhum dos lados. De um lado, os defensores da natureza bradam: vamos salvar o planeta! Como se nós representássemos uma ameaça ao planeta e não a nós mesmos. "O homem é o lobo do homem" e não do planeta. Nesse sentido, recomendo o vídeo bem humorado no link: http://sorisomail.com/videos-comicos/35322.html. É stand up breve, engraçado, irônico e, concordando ou não com o comediante, nos leva à reflexão. Vale a pena assistir.


Do outro lado extremo, o capitalismo argumenta: é preciso progredir, produzir mais e mais, e o progresso depende da exploração dos recursos da natureza. Como se não fosse possível, e até economicamente viável, formas sustentáveis de produção e progresso. Como se a única saída fosse devastar tudo. E como se o único conceito de uma vida feliz e satisfatória fosse inevitavelmente regrado pelo consumismo desenfreado. Quer viver bem e feliz? Então deve cercar-se de todas as benesses materiais, de todos os aparatos tecnólogicos que proporcionem conforto, comodidade e bem estar e, claro, não esquecer de trocá-los na mesma hora, e quantas vezes forem necessárias, quando se tornarem obsoletos, ultrapassados.


Como disse no início, não sou ambientalista, muito menos anti-ecológico. Mas procuro usar o bom senso. Como não ficar um tempão no chuveiro deixando a água correr pelo ralo desnecessariamente, não deixar a torneira aberta durante a escovação dos dentes, e até mesmo recolher material reciclável. São medidas ambientalmente corretas? Sim, mas a questão não é só deixar de ferir a natureza. Para mim esbanjar água, por exemplo, é o mesmo que alguém queimar dinheiro, pelo simples prazer de vê-lo queimando. Não faz sentido, não é mesmo? Se não vai usar com um fim útil, qual a lógica em desperdiçar? Puro bom senso.


Quando se trata de desperdício, o apelo moral é relevante também. Enquanto você esbanja e desperdiça, outros no mundo todo carecem (e muito) desses mesmos recursos que você menospreza. Quanto ao exemplo da coleta de materiais recicláveis, entendo que a importância não é só ambiental. Material reciclável é matéria-prima, há geração de emprego e renda por trás dele e algumas famílias se sustentam com isso.


A questão ambiental é importante, sem dúvida. Mas para mim vem em terceiro plano. Prefiro me apegar mais ao lado do bom senso e da moral. Sou espírita, acredito na imortalidade da alma e na verdadeira vida como sendo a espiritual, e não a material. Estamos na Terra apenas para aprender, evoluir e melhorar, especialmente o nosso lado egoísta. Melhorando ou não, estamos aqui de passagem de qualquer forma.


O único modo de reverter o desastre ambiental, ou melhor, o desastre humano, seria uma tomada de consciência global e uniforme, o que certamente não ocorrerá. Pelo menos não no tempo que a urgência da medida demanda. Afinal, o planeta abarca nações, povos e pessoas das mais diversas formas de viver e de pensar, em níveis evolutivos completamente díspares (basta comparar o povo brasileiro com o povo japonês, por exemplo). De um jeito ou de outro, nós, seres humanos, somos todos ainda muito egoístas. E a gente sabe que isso não se muda em alguns poucos anos.


Oh!! e agora?? A raça humana será extinta!? Oh! O que vamos fazer? Oh!.....


Ah francamente.....se for mesmo e daí? Será mais uma espécie no rol das milhares que já foram extintas desde que o mundo é mundo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

FELICIDADE A DOIS... A TRÊS, A QUATRO...


Muitos me acusam de frio, egoísta, insensível, de falta de romantismo... alguns amigos até já me chamaram de "ice man" . Tudo porque faz um bom tempo que não namoro.. e nem mesmo me preocupo com isso. É claro que vez ou outra, em meio a amizades e festas, surgem mulheres, paqueras e até mesmo romances que duram certo tempo. Mas não necessariamente se concretizam num namoro, ou algum compromisso mais firme. E muitas vezes não tem nada a ver com a parceira... às vezes a pessoa é ótima mas você não está se sentindo no momento certo para um relacionamento mais sério. Aliás, não gosto desse termo "relacionamento sério"... passa um peso negativo, de fardo, obrigação.. mas enfim esse é outro assunto.

A questão maior é: por que essa preocupação gigantesca da maioria das pessoas para encontrar um único, exclusivo e eterno grande amor e juntos serem felizes para sempre?? Ah que falta de romantismo! muitos vão dizer. Mas pensem nisso por um momento: por que não temos essa mesma preocupação em outras diversas situações da vida, como por exemplo, fazer novos amigos e até mesmo manter os antigos? Simples: porque nesses casos deixamos as coisas acontecerem naturalmente.

Ao longo da vida fazemos muitos amigos, conhecemos milhares de pessoas, temos muitos parentes e, mesmo tendo todos apenas um pai e uma mãe, por muitas vezes encontramos pessoas pelas quais sentimos carinho tamanho que as consideramos como um "segundo pai" ou uma "segunda mãe". Então por que não dar o devido valor a esse mundo de infinitas possibilidades, pessoas e acontecimentos que a vida nos oferece? Por que restringir a felicidade que a vida pode nos proporcionar a uma exclusiva pessoa? Percebam, não estou aqui fazendo discurso contra o casamento ou a monogamia. O que quero dizer é que este não é um elemento central da vida, e sim mais um dos vários elementos que a compõem.


Fico pasmo quando vejo pessoas que caem em profunda depressão por causa de um relacionamento que não deu certo (deu certo enquanto durou oras, bola pra frente, a vida é muito mais que isso!) E culpam o ex parceiro(a)!! Que injustiça!! Por acaso ele pediu que você depositasse toda a responsabilidade de sua felicidade ou infelicidade sobre os ombros dele?! E se pediu, quem lhe disse que isso é algo que você pode transferir?


Felicidade se cultiva interiormente, se trabalha dia a dia. Sinceramente não acredito mesmo em "princípe ou princesa encantada" como segredo da felicidade, muito menos que alguém que não achou o seu "princípe ou princesa" esteja fadado à infelicidade. Muitos quebram a cara por acreditarem, conscientemente ou não, nesse tipo de fórmula mágica. Aquela coisa de novela mexicana sabe, "você é a razão do meu viver, é o ar que eu respiro..."


Vou dizer então no que acredito, acredito que a felicidade está em todo o conjunto, na forma com que nos relacionamos com todos e com tudo, amigos, parentes, namorada, desconhecidos, no trabalho, na família, no lazer etc. Façamos isso, procuremos dar o melhor de nós em todas as situações. E a Lei da Vida cuidará do resto. Parece simples e óbvio, mas poucos compreendem e praticam a inexorável verdade de que para ser realmente feliz é preciso distribuir felicidade, indistintamente.