Precisamos Questionar!


Muitos dos meus amigos dizem que sou questionador e que às vezes tenho opiniões muito polêmicas sobre determinados assuntos.


Mas acredito que nós, como seres humanos e, especialmente, como cidadãos que somos, detentores de direitos e deveres, células de um grande organismo chamado sociedade, precisamos e devemos questionar.


Questionar tudo! Raciocinar, avaliar, analisar, enfim, pensar!


E não aceitar as coisas só porque a maioria pensa desse jeito ou age de tal forma. Maioria nunca foi sinal de sabedoria ou de inteligência, muito pelo contrário. Como diria Raul: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".


Então fiz o blog nesse sentido e dei o nome de QUESTIONAMENTOS, ou seja, quem quiser entrar, participar, questionar, dar sua opinião, fique à vontade.


Na medida do possível vou estar postando aqui textos e artigos de diversos assuntos: política, religião, relacionamento... e de preferência que leve o leitor à reflexão.


É isso ai galera! Vamos questionar!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pérolas aos Porcos

Qualquer semelhança com as diversas problemáticas enfrentadas pela humanidade não é mera coincidência, obviamente. Afinal se podemos complicar, pra quê simplificar não é mesmo?

A fábula dos porcos assados

"Certa vez ocorreu um incêndio em um bosque onde se encontravam alguns porcos que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosos. Logo, toda vez que queriam comer porcos assados, incendiavam um bosque. Até que descobriram um novo método.

Mas o que eu quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o sistema para implantar um novo. Fazia tempo que algumas coisas não iam bem: às vazes os animais ficavam queimados ou parcialmente crus; outras de tal maneira queimados que era impossível comê-los. Como era um procedimento montado em grande escala, preocupava muito a todos, porque se o sistema falhava, as perdas ocasionadas eram igualmente grandes.

Realizaram congressos, seminários, jornadas, conferências para encontrar a solução, mas no ano seguinte o mecanismo continuava falho. As causas do fracasso do sistema, segundo os especialistas, eram atribuídas ou à indisciplina dos porcos que não ficavam onde deviam, ou à inconstante natureza do fogo dificil de controlar, ou às árvores excessivamente verdes, ou à umidade da terra, ou ao serviço de informações metereológicas que não acertava o lugar, o momento e a quantidade de chuvas.

O problema não era solucionado e a discussão crescia. Já havia milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques que logo teriam de ser incendiados. Havia especialistas na Europa e nos EUA estudando a importação de melhores sementes que dariam as melhores madeiras e pesquisadores de idéias operacionais (por exemplo, como fazer buracos para que neles caíssem os porcos).

Um dia, um incendiador de bosques chamado João Senso Comum falou que o problema era muito fácil de resolver: matava-se, cortava-se e limpava-se adequadamente o porco escolhido. Ele era, então, colocado em uma grade metálica sobre brasas, até que o efeito do calor e não das chamas o assasse ao ponto.

O diretor-geral de Assamento mandou chamá-lo e disse-lhe: - O que o senhor fala é bonito, mas apenas na teoria. O que faremos com o s acendedores das diversas especialidades? E os doutores em sementes e em madeiras? E os indivíduos que foram ao exterior para se especializar durante anos à custa do país? Vou colocá-los para limpar porquinhos? O que faço com os bosques já preparados para as queimadas, cujas as árvores não produzem fruto, cuja falta de folhas faz com que não prestem para dar sombra? O que faço com a comissão redatora de programas assados, com os departamentos de classificação de seleção de porcos? São para estes problemas que o senhor tem que trazer a solução! Ao senhor, falta-lhe sensatez, Seu Senso Comum.

João Senso Comum saiu sem se despedir, assustado e atordoado, e ninguém nunca mais o viu. É por isso que nas tarefas de reforma e melhoria de algum sistema, geralmente falta o Senso Comum."

(Forcade Cirigliano)

3 comentários:

  1. Desde o dia que mandou email, explicando a criação deste espaço, venho acompanhando o seu blog. Gostei da iniciativa e os textos são muito bem escolhidos. Como vc, também sou tida pelos amigos como a garota radical, adoradora do porque, e com senso de justiça fora do comum. Acredito que nem tudo é verdade absoluta e tenho idéias praticamente fechadas e diferentes da grande maioria da população. Sempre me senti diferente por isso, muitas vezes até deslocada. Gostaria de deixar registrado o meu apoio a este blog, e a idéia central é expandir conhecimento. O seu texto postado aqui anteriormente esta excelente, fiquei pensando na danada da raposa cuidando das galinhas...
    Parabéns pela iniciativa, e espero ver outros comentários, para que possamos debater, discutir idéias.
    Fiquei esperando não ser a primeira, mas não teve jeito. Aqui estou eu! Fora do senso comum outra vez...droga!

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  2. Pauline! Valeu por prestigiar o blog!
    Hehehe muitos já elogiaram o blog mas acho que as pessoas têm receio de comentar por se expor ou tem preguiça como disse uma amiga rsrs
    Mas não tem problema.. o importante é ler e refletir comentando ou não.
    Mas fico muito feliz por vc ter visitado e gostado do blog! Ainda mais vc que é uma pessoa que eu tenho um carinho especial!
    Aguarde novos textos! rsrs Inté!

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  3. Rodolpho,

    esse artigo é perigoso. Se os nossos políticos (fichas-sujas) de todos os níveis e em especial os legisladores lerem isso, vão achar que estão certos. Não tenha dúvidas que eles irão querer queimar tudo para poder assar os porcos. Para eles sempre será a solução mais fácil porque nós fornecemos o alimento para esses animais (pagamos impostos). Parece que a frase ficou ambígua - lamento se ficar dúvida se os animais aos quais me refiro são os porcos (suínos) ou os porcos políticos que fuçam na sujeira (refiro-me aos fichas-sujas). Os raríssimos fichas-limpas não se incluem nessa classe de animais porque não vivem na sujeira.

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